Evite prejuízos com a correia dentada. Saiba quais cuidados tomar!
Comparada com outras autopeças como o disco de freio e o amortecedor, ela é pouco conhecida e, muitas vezes, esquecida ou negligenciada por quem não entende de mecânica. Se você já teve prejuízos com ela, com certeza sabe que a correia dentada, pode ser uma vilã silenciosa.
Para que você saiba exatamente o que fazer para evitar prejuízos, continue a leitura e saiba um pouco mais sobre a correia dentada, quando trocar e como evitar que ela rompa.
O que é a correia dentada?
Antes de tudo, principalmente se você for leigo em mecânica, é importante saber o que é exatamente a correia dentada. Esse componente do automóvel leva esse nome, porém também é conhecido como correia sincronizada. A correia dentada é responsável justamente por sincronizar o movimento entre o eixo-comando das válvulas e o virabrequim do carro.
Ela é feita de borracha por fora, mas na parte interna conta com cintas de aço, que servem para que o escapamento e as válvulas de admissão mantenham os movimentos de abrir e fechar, sempre de maneira sincronizada. Ela é um dos componentes do motor e fica fixada entre os tensores e as polias. Para encontrá-la, basta levantar o capô.
A correia dentada é mais comum de ser encontrada nos carros de fabricação nacional, como o Ford Focus, a Ecosport e o Fiat Uno.
Afinal, quando trocar a correia dentada?
Entender que é a hora de trocar a correia dentada não é algo fácil, pois essa autopeça geralmente fica escondida em uma capa plástica. Desta forma, não é possível observar o seu desgaste sem remover outras partes do motor. Diferentes de outros componentes do veículo como a bateria ou o fluido de motor, que passam a dar sinais quando necessitam ser trocados, o problema na correia dentada é mais difícil de ser identificado.
Geralmente, uma correia dentada tem duração de até 5 anos, o que pode dar em média mais ou menos 50 mil km rodados. E ao longo do uso ela passa a ficar desgastada até que arrebente. Para que isso não aconteça e você seja surpreendido, o ideal é realizar revisões periódicas sempre que o carro atingir a marca de 10 mil km rodados.
Então, se você costuma deixar a revisão periódica para lá ou acha que esse gasto é desnecessário, é melhor rever seus conceitos. Comece a dar uma atenção maior para isso, pois a correia dentada não dá qualquer tipo de sinal de que está prestes a romper, ela vai se desgastando de maneira silenciosa, sem fazer qualquer barulho, até que um dia apenas rompe e aí o prejuízo será grande!
Ainda tem dúvidas sobre quando realizar a revisão preventiva do seu veículo? Relaxa, temos um conteúdo bem completo aqui no blog, que pode te ajudar.
Quando a correia dentada rompe, os pistões se chocam com as válvulas, fazendo com que elas se desgastem e fiquem emperradas. Trazendo outros prejuízos ao seu veículo.
Além da falta de manutenção, outro fator que pode causar o rompimento da correia dentada acontece quando o automóvel está em alta velocidade ou fazendo fortes arrancadas. Isso acontece porque a correia está em rotação muito acelerada, o que pode gerar um impacto grande que acaba fazendo com que os pistões quebrem.
Seja por falta de manutenção ou por fortes arrancadas em alta velocidade, se a correia dentada arrebentar, prepare o bolso porque será necessário fazer a troca por uma nova e também reparar o cabeçote. Isso pode parecer algo simples, só que em um carro com motor 1.0, o prejuízo será no mínimo acima de R$1.000,00. Se no seu caso os pistões quebrarem, o prejuízo será ainda maior, pois será necessário uma reparação de todo o motor, o que pode custar mais de R$ 4 mil.
Saiba como evitar o rompimento da correia dentada
Se você não costuma “cantar pneu”, reduzir a marcha violentamente e também faz manutenções periódicas, pode ficar tranquilo e respirar um pouco mais aliviado, já que a vida útil da correia dentada do seu carro estará mais segura.
No entanto, se você faz tudo isso o que dissemos acima e além disso, não faz revisão, é melhor passar a mudar os seus hábitos na hora de dirigir se quiser prolongar a vida útil da correia. Caso contrário, a troca será necessário muito antes do previsto.
Não existe uma regra, a melhor maneira de evitar o rompimento dela é fazendo a substituição dentro dos prazos estabelecidos no manual do seu carro e, claro, estando sempre de olho em possíveis desgastes. O ideal também é sempre que notar que a correia começou a ficar gasta, fazer a troca o mais rápido possível.
Existe apenas a correia dentada?
Essa é uma dúvida bastante frequente entre os motoristas, mas a resposta é não. Além da correia dentada existe também a corrente, que também é responsável por sincronizar o movimento da parte inferior do motor. Falando em motor, aqui no nosso blog você descobre o que pode ser aquele barulho no momento de acelerar com o nosso conteúdo completo!
Mesmo que exerçam funções similares, a corrente é diferente da correia, em termos de aparência. A corrente dos veículos é bastante semelhante a usada em bicicletas, justamente por ser feita de metal e ser lubrificada. Outra diferença entre as duas é que a corrente é mais resistente, assim, não precisa ser substituída.
Em média, a correia dentada roda até 50 mil km até que seja trocada, já a corrente aguenta tranquilamente mais de 100 mil km rodados. No entanto, mesmo que as correntes tenham uma maior durabilidade, o nível de ruído vindo do motor acaba sendo mais alto. Além disso, a manutenção tem custo mais elevado, que pode chegar a ser até três vezes maior que da correia dentada.
As montadoras dividem opiniões de qual seja melhor, apesar de parecer o ideal, a corrente não é uma ótima opção, pois o custo desse sistema é mais alto. Já a correia acaba sendo mais barata se for substituída antes de romper. Por isso, não esqueça de ficar de olho na quilometragem do seu carro, assim o prejuízo passará longe de você!
Agora que você já sabe um pouco mais sobre a vida útil da correia dentada, não tem mais desculpas para não realizar revisões periódicas, afinal, sai mais barato revisar o veículo e substituir o que for necessário antes que algo pior aconteça, já que o prejuízo financeiro, e na segurança também, podem ser muito maiores.
Aproveite também para conferir o nosso conteúdo sobre o tempo de duração do pneu e como saber a hora certa de trocar. Até o próximo post!
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