Como funciona o sistema de transmissão do veículo?
Você conheceu os principais componentes e modelos de transmissão existentes, e agora vai aprender como funciona esse sistema considerando um câmbio manual de 5 velocidades e um carro com tração e motor na dianteira.
Para uma melhor compreensão, vamos analisar desde o momento em que o automóvel é ligado até seu movimento.
Seleção das marchas
Ao dar a partida no carro, desde que a alavanca de câmbio esteja na posição de ponto morto, não há transmissão de movimento às rodas. Para que isso aconteça, é necessário engatar uma marcha. A primeira coisa que deve ser feita é pressionar o pedal da embreagem.
Isso interrompe a conexão entre o motor e os demais componentes da transmissão, responsáveis por levar o movimento às rodas. Usando a alavanca de câmbio, você seleciona a marcha.
Dentro da caixa de câmbio, um grupo de engrenagens é acionado. A configuração delas é que permite controlar a rotação e o torque que são enviados às rodas. Isso é possível por causa da diferença de tamanho entre essas engrenagens.
Com uma engrenagem grande na roda traseira e uma pequena no disco dos pedais, a velocidade final é menor. No entanto, você precisa fazer pouca força para partir. Se outra, com diâmetro menor, for escolhida para a roda traseira, a velocidade final vai aumentar, mas o esforço para começar a andar será muito grande.
Ao engatar a primeira marcha, a maior das engrenagens é selecionada, deixando muito mais fácil a movimentação inicial do veículo. Para que a força gerada pelo motor fique disponível nas rodas novamente, basta soltar o pedal da embreagem, conectando todo o sistema de transmissão.
Transferência da potência
Com a marcha selecionada e a embreagem liberada, quem comanda a próxima etapa é o diferencial. No modelo de automóvel usado nesse exemplo, ele é integrado à caixa de câmbio. Ele vai dividir a força gerada pelo motor entre as rodas.
Lembre-se: essa divisão nem sempre é igual. Principalmente nas curvas, existe uma diferença na potência disponível para cada roda.
Movimentação das rodas
Agora que a potência já está corretamente dividida, finalmente, é hora de transmiti-la às rodas. O diferencial possui duas saídas: uma do lado direito e outra do lado esquerdo. Em cada uma delas é conectado o semieixo.
A ponta do semieixo que não está ligada ao diferencial é conectada à roda, permitindo que ela receba o movimento do motor. Uma vez que o carro comece a andar, você pode engatar outras marchas, aumentando a velocidade de rotação na saída do diferencial e, por consequência, do veículo.
A influência dos semieixos nesse movimento é enorme. Quando desgastados, podem prejudicar outras partes do sistema de transmissão e comprometer muito o seu desempenho. Você sabe como identificar defeitos nesse sistema? Continue a leitura que vamos te ajudar:
Que sinais indicam problemas no sistema de transmissão automotiva?
É extremamente importante conhecer os sinais de desgaste em um sistema de transmissão automotiva. Na maioria das vezes, uma pequena peça com defeito pode causar danos a vários outros componentes, aumentando muito os custos de reparo e gerando uma enorme dor de cabeça.
Saber identificar esses sinais rapidamente evita a quebra de outras partes da transmissão e, em alguns casos, acidentes. Vamos conhecer agora os principais indícios de que algo não está funcionando como deveria.
Marchas arranhando
Com certeza você já ouviu o barulho de marchas arranhando. Além de ser um som horrível, isso é péssimo para a transmissão do veículo. Toda vez que esse ruído é gerado, significa que as engrenagens da caixa de câmbio não estão se conectando corretamente. Como resultado, isso pode causar a quebra nos dentes dessas peças ou até mesmo a sua destruição.
Dependendo dos danos, a caixa de câmbio pode ser totalmente comprometida. Esse problema normalmente é causado por desgaste no sistema de embreagem. Em veículos que usam cabo no pedal da embreagem, essa falha pode acontecer quando ele estiver danificado ou desgastado. Em embreagens hidráulicas, muitas vezes é o fluido que está com o nível baixo ou cilindro danificado.
Se o problema ocorre em uma marcha específica, o problema pode estar relacionado ao anel sincronizador, peça responsável pela sincronização das duas engrenagens no momento da troca da marcha. Isso normalmente ocorre pelo tempo de uso ou imperícia do condutor no momento da troca das marchas.
Dificuldades em ladeiras
Esse é outro sinal de problemas que podem estar relacionados à embreagem. Lembra quando falamos que ela funciona com dois discos sendo pressionados um contra o outro? Esse atrito gera muito calor, o que acaba desgastando esses discos. O mau uso da embreagem também pode danificá-los.
Quando isso ocorre, eles perdem a capacidade de transmitir toda a potência do motor à caixa de câmbio e acabam “patinando”. É possível perceber, em alguns casos, um cheiro de queimado, causado pela má conexão entre esses discos.
Embreagem muito alta
O ideal é que o veículo comece a se movimentar quando o pedal da embreagem estiver no meio do seu percurso. Com o desgaste natural do sistema, é normal que o automóvel comece a andar com o pedal cada vez mais próximo do fim de seu percurso. Quando você perceber que isso está acontecendo, significa que a embreagem está gasta e precisa ser substituída.
Marchas escapando
Esse é um problema bem sério e normalmente acontece em uma das marchas do veículo. Um sistema de molas e travas mantém as marchas engatadas. Em caso de falha nessas peças, é possível que as marchas desengatem sozinhas.
Dificuldades ao engatar
A troca de marchas deve ser suave e a alavanca de câmbio nunca deve ser forçada. Se você tiver que fazer isso, o fluido da embreagem hidráulica pode estar com o nível baixo ou o sistema de acionamento apresente desgaste ou folgas.
Essa dificuldade também ocorre devido ao desgaste em outras áreas, como o platô e o anel sincronizado. Quando isso ocorre por causa de um dos itens citados acima, normalmente percebem-se ruídos nas trocas de marcha.
Barulho ao pisar no pedal da embreagem
Quando você pisa no pedal e ele chega ao meio do seu percurso, você nota um ruído? Em um sistema de transmissão automotiva existe uma série de rolamentos, e provavelmente um deles está danificado. Esse barulho costuma ocorrer quando o rolamento da embreagem está desgastado.
Vazamentos
O grande problema dos vazamentos são os estragos que eles causam pela falta de lubrificação da transmissão. Tanto em embreagens hidráulicas quanto nas convencionais, isso causa o desgaste prematuro de componentes como a caixa de câmbio e a embreagem. Os vazamentos ocorrem principalmente por causa de retentores danificados. Quando detectados, devem ser corrigidos imediatamente.
Pedal da embreagem duro
Devido ao desgaste natural, principalmente em embreagens que não são hidráulicas, é normal o pedal ficar um pouco mais duro. Se ele ficar muito duro, talvez o cabo da embreagem já não esteja nas melhores condições. O empenamento do platô também pode causar esse problema. Em embreagens hidráulicas, o nível do fluido deve ser verificado.
Ruídos nas curvas
Você entra em uma curva com seu carro e nota um ruído oriundo do sistema de transmissão? Esse ruído pode ser causado por desgaste nos semieixos, normalmente em suas juntas homocinéticas. Por ser um componente que absorve muitos impactos e trabalha em rotações elevadas, se a lubrificação não for feita corretamente ou as revisões periódicas forem ignoradas, vai ocorrer o desgaste prematuro.
Desgaste nas engrenagens de satélites e planetárias do diferencial também podem gerar ruído em curvas.
Quais são as principais formas de evitar problemas na transmissão?
Sabe qual é uma das melhores maneiras de manter a transmissão do seu carro sempre em ordem? Evite ao máximo situações que fazem muito mal aos componentes desse sistema.
Um dos principais motivos de desgaste prematuro da embreagem é manter o pedal pressionado quando o carro está parado no semáforo, por exemplo. Isso aquece os discos e reduz muito suas vidas úteis. Se o veículo estiver parado, mude a marcha para a posição de ponto morto. Quando em ladeiras, use o freio de mão. Manter o automóvel parado usando a embreagem também aquece os discos e causa desgaste.
Arrancadas bruscas e solavancos são péssimos para a transmissão. Principalmente em veículos que possuem eixo cardan, esse comportamento pode quebrar o componente. Outras peças que sofrem muito com isso são os semieixos e o diferencial. Sendo assim, nada de sair cantando pneu, certo?
Falando sobre o diferencial, sabia que existe um limite de peso que ele consegue suportar? Ignorar essa informação vai danificá-lo seriamente, além de causar desgaste em outras partes do veículo, como suspensão, pneus e freios. Atolamentos na lama ou na areia também são um problema. Forçar demais o carro causa uma patinação no diferencial, e se isso permanecer por um tempo prolongado, é possível que ele seja danificado.
Não ande com uma transmissão sem a lubrificação correta. Essa é uma das maiores causas de problemas nesse sistema. Outro ponto importante é estar muito atento à qualidade dos lubrificantes. Economizar nesse item pode causar muita dor de cabeça e gastos altos com reparos, como já esclarecemos aqui.
Use peças de qualidade no sistema de transmissão.
Se você percebeu um dos sinais mostrados ao longo deste texto, está na hora de tomar decisões. Algumas são simples e outras mais sérias, então é preciso escolher bem a marca das peças para o seu veículo.
A Sachs, marca do grupo ZF, empresa alemã que é referência em qualidade e tecnologia. Os produtos SACHS são fabricados com materiais de alta qualidade segundo as mais modernas tecnologias, simbolizando elevado desempenho e confiabilidade. É por isso que as maiores montadoras utilizam produtos SACHS: a cada ano, mais de 10 milhões de veículos novos saem das linhas de produção equipados com amortecedores SACHS. Além disso, a SACHS oferece embreagens de ponta para fabricantes de equipamentos originais e o mercado de reposição.
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