Carro parado na garagem durante a pandemia?
Seu carro está parado na garagem durante algum tempo? Então, fique atento para evitar que surjam problemas, mesmo sem você ligar o motor.
Atualmente, quem vive nas grandes cidades tem tantas opções de transporte que é cada vez mais comum o número de pessoas que está deixando o seu carro mais tempo parado na garagem. No cenário em que vivemos de Pandemia a recomendação é para ficarmos em casa, dessa forma, contribuindo para que o seu veículo fique mais tempo sem utilização.
Se esse é o seu caso, é bom saber que é preciso tomar algumas precauções para evitar uma dor de cabeça na hora em que você voltar a dirigi-lo.
Primeiro, é preciso saber quanto tempo pretende deixá-lo parado. Se for por até duas semanas, pode relaxar: não é suficiente para causar estragos. Mas é bom providenciar uma boa limpeza (por fora e por dentro) para manter a pintura em bom estado.
Verifique principalmente se não há restos de alimentos ou líquidos no interior e garanta que os revestimentos estejam perfeitamente secos. Migalhas de biscoito, por exemplo, podem atrair insetos e manchas de suco ou de refrigerante ficam mais difíceis de retirar com o tempo.
Encerar a carroceria é outra boa prática, pois evita que a sujeira grude na pintura. O ideal é guardar o automóvel em uma garagem coberta e bem ventilada, mas longe do sol. Caso não seja possível, providencie uma boa capa automotiva – precisa ter entrada para ventilação e forro que não cole na lataria quando chover.
Se não for usar com frequência, é importante passar a trocar o óleo do motor e os filtros de acordo com o tempo, e não com a quilometragem”. Afinal, mesmo com o motor desligado, o lubrificante se degrada pela oxidação.
Um exemplo real: o Onix Joy pede troca aos 10.000 km, mas se rodar pouco, é considerado uso severo e deve ser substituído em seis meses. O mesmo vale para o fluido de freio: ele vence após dois anos caso não atinja os 20.000 km antes.
Mangueiras e correias
Atenção também aos pneus. Se estiverem com pressão inadequada e ficarem estacionados por muito tempo, podem se deforma. Se o veículo ficar imobilizado por mais de um mês, use a pressão indicada no manual para carga máxima.
O Gerente de produto da Peugeot do Brasil, reforça que há também outros itens que se degradam com passar do tempo. Mangueiras com pouco uso podem ressecar e rachar com mais frequência. E cuidado com as correias: no geral, a dentada deve ser trocada após seis anos se não chegar a 60.000 km. Os limpadores de para-brisa precisam ser levantados para evitar que a borracha da palheta grude e se deforme em contato com o vidro.
Atente-se também para verificar o reservatório de gasolina da partida a frio: Gasolina velha pode provocar a formação de goma, que pode entupir os dutos e ressecar as juntas do sistema. O melhor é abastecer o tanquinho com gasolina aditivada, que possui maior prazo de validade.
Já o ar-condicionado deve ser usado sempre, para lubrificar o sistema de vedação do gás e das mangueiras – vale até para quem roda com frequência e não aciona o ar. O ideal é ligá-lo por 30 minutos, a cada 15 dias.
Também é recomendado usar calços para manter o carro parado (em superfície plana), em vez do freio de mão, já que a umidade pode fazer com que os freios grudem mesmo se forem a disco. Se a parada durar mais de um mês, desconecte a bateria, já que há equipamentos que consomem energia com o motor desligado, como relógio, rádio ou alarme.
Rodar periodicamente é a melhor prevenção
Como qualquer máquina, o automóvel funciona melhor se for utilizado com frequência. Rodar ao menos 5 km a cada 15 dias é o suficiente para manter o conjunto mecânico em bom estado. Mas atenção: não basta ligar o motor com o carro parado. Assim, apenas o motor estará sendo beneficiado.
Itens da transmissão, como as juntas homocinéticas, e da caixa de direção, precisam ser movimentados para garantir a lubrificação de seus componentes.
Além disso, rodar periodicamente também ajuda a evitar que a embreagem fique “colada”, por excesso de umidade. E evitar isso deixando um peso sobre o pedal da embreagem, por exemplo, não funciona: pode acabar provocando a fadiga da mola.
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Até a próxima!
Fonte: 4 Rodas
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